A EVOLUÇÃO DO CORPO HUMANO

O bem é algo bom e o mau algo ruim. Um é o oposto do outro mas mesmo assim possuem características próprias. Pois o bem não reconhece nada do que o mau conhece. Em termos de origem ou existência as coisas são um pouco diferentes pois o bem e o mau provêm de uma mesma fonte. Também existe as questões onde não encontramos seu oposto e o atribuimos a inexistência do objeto em questão. Não significa dizer que é exatamente o contrário pois para isso teria que haver muitas características que se opõem a este lado.

Tudo que o ser humano pensa e fáz é qualificado como sendo uma atitude boa ou uma atitude ruim. Mas qual é a orígem dessa capacidade avaliativa. Podemos dizer que o cérebro possui tal atributo, mas não funciona somente no cérebro. Não são somente nossos pensamentos que nos dizem o que é certo ou errado. Pois o corpo é carnal, feito de matéria, e quando afetamos a nós mesmos o corpo se defende. É como tentar andar com os pés torcidos, você não vai conseguir, pois não tem como se sustentar em pé, então você irá parar de andar ou vai corrigir o problema, pois foi uma atitude ruim para o corpo e ele a rejeitou. Neste caso, a postura natural do corpo é a boa e movimentos que geram dor são ruins. Observe a cabeça e seu braço e antibraço juntos. A cabeça pode girar para todos os lados mas o braço junto com o antibraço não podem, eles fazem uma volta irregular no final, não se move como a cabeça se move. Isso porque o pescoço possibilita o movimento da cabeça e o ombro o movimento do braço. Como são partes distintas que possuem funções diferentes entre si, e estão ligadas ao tronco, a maior parte do corpo, de onde saem o pescoço e o ombro, então, notamos que a origem dos membros nos dá uma capacidade adequada a cada membro para que se mova sem gerar muita dor. Mas será que o bom para o corpo é um movimento tranquilo ou simplesmente a ausência de movimento? Pois se estivermos dormindo, o corpo estará completamente relaxado e bem. Mas como seria essa questão se pegássemos uma maçã para comer usando apenas uma mão e fizéssemos o mesmo utilizando as duas maos? Entendemos que um critério importante para utilizarmos as duas mãos é o tamanho ou o peso do objeto que vamos pegar. Então podemos considerar que pegar a maçã com as duas mãos é melhor do que pegar com uma só. Mas pegar com uma só é bom também. Ruím seria pegar a maçã com os pés ou a boca. Mas isso depende da funcionalidade do corpo, pois qual seria o melhor: indicar uma direção apontando os dedos para ela ou indicar uma direção simplesmente olhando para ela? Aí envolve entendimento, não somente nosso mas de quem quer saber a direção. Esta é uma habilidade que necessita da utilização do corpo para dizermos o certo, mas não é individual. Neste caso, sozinho o ser utiliza seu corpo conforme seu interesse, pois se não se interessar passará em branco mas se for ao contrário ele utilizará seus sentidos e terá um conceito sobre o assunto.

Notamos que o bom para o corpo é tudo aquilo que é permitido fazer com ele desde que não agrida o próprio corpo. Então nós somos seres complexos com várias partes no corpo que podemos utilizar separadamente umas das outras ou em conjunto, mas revesadamente, e assim sendo, exercemos a função pretendente de cada ato que executamos escolhendo o melhor, o bom, e ignorando ou se desviando do pior, ou ruim. Mas num contexto geral, como é no caso da evolução que nos fêz assim? Pois é bom que estejamos conscientes completamente do que estamos fazendo porque somente assim saberemos se estamos no caminho certo ou errado, mas o corpo também pode nos previnir, pois sente dor e isso é evitado pelo ser, mas se utilizamos as pernas e esquecemos da cabeça, podemos bater a cabeça em algum lugar e isso é ruim. Temos que ficar prestando atenção por onde andamos e olhar para onde vamos. Olhando para o chão, para não pisarmos em algo ruim e olharmos para onde vamos para não batermos a cabeça. É um revesamento de nossa atenção, pois não podemos fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Daí, notamos que uma percepção corporal não pode ser totalmente exata pois podemos ver somente uma parte do corpo e esquecer o resto. Mas quem percebe é a mente, para o resto do corpo, só restaria o tato para notar que existe. Isso se triscar em seu próprio corpo ou em outro externo. Então o tato, capacidade de sentir o toque, é uma habilidade equivalente a percepção que temos ou a capacidade de nos concentrarmos em alguma coisa. É arriscado dizer que nossa concentração provém do tato pois o cérebro, que é responsável por concentrarmos, depende de estímulos que chegam aos nossos sentidos. Sendo assim, todas as partes do corpo possuem uma forma de se previnir do mau e andar pelo caminho bom, mesmo que não utilize de nossa concentração pois nem sempre estamos atentos ao que fazemos com o corpo. Subentende-se que quanto mais fundo formos no corpo menos consciência teremos e em alguns casos dependeremos da ajuda de outros organismos para evitarmos o mau. Pois não é possível se esquivar de uma quina que pode agredir seus olhos sem utilizar as costas para se abaixar, assim um ajuda o outro de acordo com a funcionalidade que possui e a necessidade do ato. Então, segundo a evolução, cada um terá uma tarefa que poderá executar, ou não como no caso da dualidade das partes, pois você pode usar somente a mão direita e nunca utilizar a esquerda, claro, dependendo da necessidade de se utilizar as duas, e ainda de acordo com a funcionalidade, mas geral, ajudar um membro a se defender ou executar uma tarefa. Mas, por quê o corpo sempre está atento aos problemas e não as coisas que foram boas, como é o caso da mente? Por quê o mau é sempre lembrado e o bom esquecido? Claro que nem sempre esquecemos o bom, as vezes tendemos a guardá-lo para utilizarmos depois, mas coisas ruins preenchem nossa mente, são as lembranças mais marcantes que temos em nossa mente. Por quê o corpo se interessa tanto por dificuldades que tivemos e o próprio corpo sempre se esquiva quando sente dor? Segundo a lógica, deveríamos buscar sentir dor já que o ruim é tão importante. Existem pessoas que são assim, mas são consideradas diferentes. Se o corpo tem uma dificuldade ele se torna apto a resolver o problema. Dizem que dificuldades são boas para o ser humano pois o torna mais evoluído, mais experiente. Mas se for assim, a tendência é que sejamos maus. E o último estágio que alcançaríamos seria a perfeição da maldade pois seríamos tão maus que seríamos perfeitos. Mas não por sermos maus e sim porque temos muitas soluções para problemas que encontramos. Será que é melhor para o corpo ter várias soluções para problemas do que ter várias coisas boas? Se tudo fosse bom, ainda encontraríamos diferenças nas questões de bondade pois o belo pode ser ainda mais belo e mais que isso. O mau fáz o contrário disso. Acredito que se o corpo não tivesse tido dificuldades, não teria chegado ao ponto que chegou e hoje em dia, quase não encontramos dificuldade nenhuma. As pessoas mais pobres da sociedade, hoje em dia, ainda possuem uma grande vantagem em relação as pessoas que estiveram na mesma situação a tempos atráz. Talves a evolução se estabilize devido a isso, mas internamente, dentro do corpo, não é assim. Pois nós estamos morrendo a cada dia que passa e o corpo está lutando para viver. Logo encontrará meios de se estabilizar.